sábado, 16 de outubro de 2010

ACHO A MAIOR GRAÇA


Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

Martha Medeiros

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

REPASSANDO: "ESCRITO E ASSINADO"

Escrito por um médico de Limeira-SP...
( COM "MUITO PEITO", POR SINAL...)

Escrito e assinado!!!
No último dia 25 de março o presidente Lula esteve em Tatuí, e lá fez a entrega simbólica de 650 ambulâncias para 573 municípios brasileiros. A cerimônia foi essencialmente política, pois os veículos são destinados ao SAMU, ou seja, os serviços de atendimento médico de urgência.
Acontece que a maior parte dos municípios contemplados não tem este serviço implantado, e nem mesmo tem verba prevista em seus orçamentos. Custa caro montar toda esta estrutura. As ambulâncias são a parte visível do negócio, mas é necessário aparelhá-las com equipamentos de UTI, de pessoal de apoio bem treinado, de médicos especializados principalmente. E isto tem que funcionar 24 horas por dia, pois emergência não tem hora. Ou seja, ou a maioria das ambulâncias vai ter outro destino, ou vão virar sucata logo.
Como costuma fazer, o presidente Lula faz seus “discursos” de improviso, que sempre buscam contentar a platéia presente, e exagera nas frases feitas e cheias de pompa sobre os mais variados temas. Diga-se de passagem, normalmente o presidente não sabe nada sobre o que está falando, e suas gafes já são sobejamente conhecidas e divulgadas mundo afora. Nesta cerimônia em Tatuí, o presidente Lula foi extremamente infeliz com algumas de suas colocações.
Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira, Lula teve “outro rompante de incontinência verbal”. Mais uma vez, culpou os médicos para os problemas de saúde que o Brasil enfrenta há décadas. Disse que a classe médica não se interessa em atender o interior, “pois é muito fácil ser médico na Avenida Paulista”, segundo suas palavras.
Depois, mandou um recado ao Conselho Federal de Medicina, por este ser contra a revalidação automática dos diplomas dos médicos formados em Cuba.
E ainda criticou aqueles que são contra a volta de um imposto para melhorar a saúde.
E por fim, ainda criticou o médico que no passado cuidou dele próprio, ao sofrer o acidente de “trabalho” que lhe amputou o dedo. Ou seja, versou sobre tudo o que finge saber.
Como em todos os “discursos”, Lula fala o que lhe dá na telha, e nem se preocupa mais em ter coerência. Deve acreditar que somos todos burros, pois quanto mais fala, mais sua popularidade “aumenta”, segundo as informações “oficiais”. Mas para os que ainda têm paciência de ouvi-lo, basta acompanhá-lo por algumas semanas.
A opinião ora é uma, ora é outra. Depende da platéia. Como estamos numa democracia, livre “como nunca se viu na história deste país”, também tenho o direito de opinar.
O que o senhor presidente não disse (ou não sabe) é que é impossível à imensa maioria dos médicos montarem um consultório na Avenida Paulista, um dos locais mais caros do país, principalmente se trabalhar no serviço público,
onde recebe um salário de fome, não tem um plano de carreira decente e não encontra condições dignas de trabalho.
Aparelhos defasados, funcionários insuficientes para o apoio (enfermagem, técnicos diversos), filas para marcação de exames, falhas em tratamento de doenças básicas.
Se em São Paulo, que é a locomotiva da nação, é assim, o que dizer do restante do país?
Há dezenas de crianças morrendo em pseudo - UTIs em hospitais públicos por aí. A sigla deveria ser Última Tentativa Inútil e não unidade de terapia intensiva. Intensivas são só as mortes nestes nosocômios.
Não disse o presidente (ou não sabe) que médico nenhum consegue trabalhar no interior sozinho. A não ser que seja para distribuir “vale-saúde”, a exemplo dos inúmeros outros que ele criou. Pois tratar e cuidar de alguém sem apoio, sem retaguarda e sem condições, só na cabeça dele.
Quanto aos médicos de Cuba, formados em uma realidade totalmente diferente da nossa, eles podem sim trabalhar no Brasil. Como qualquer outro, formado em qualquer lugar do mundo, que se submeta às avaliações necessárias e sejam aprovados. Desde que saibam Medicina. E o Conselho Federal de Medicina, autarquia federal, é o órgão definido por lei para avaliá-los.
O que o senhor presidente quis dizer (mas não teve coragem) é que quer fazer um agrado ao moribundo amigo Fidel, valorizando escolas falidas e que pregam uma falsa “medicina social”.
Faltou falar sobre o assunto referente ao médico que o atendeu quando sofreu seu acidente de “trabalho”. Talvez seu dedo pudesse ser salvo, senhor presidente, se existisse na ocasião um atendimento decente em posto de saúde, unidades de emergência bem aparelhadas, um profissional médico bem preparado, com boa formação. Isso se o “SUS” da época funcionasse. Isso se um médico que atende “SUS” ganhasse um honorário, e não uns trocos.
Pois a CPMF, que geraria verba destinada ao “SUS” do seu governo, virou dinheiro nas meias, cuecas e malas pretas na sua gestão. E até hoje o “SUS” não funciona de forma decente!
E o senhor ainda quer recriar mais um imposto, para continuar alimentando as falcatruas? Senhor presidente, com o perdão da palavra, estou com o “saco cheio” do senhor e de seus “discursos”.
Se o senhor sofresse um novo acidente de “trabalho” e fosse eu o médico que lhe atendesse, CORTARIA-LHE A LÍNGUA, E NÃO O DEDO. E faria um bem ao país,pois cada vez que o senhor abre a boca,NÃO CAUSA UM ACIDENTE.CAUSA UM DESASTRE.

Luiz Ricardo Menezes Bastos
Médico, Presidente da Associação Paulista de Medicina, Regional de Limeira

O FIM, O INÍCIO E O MEIO


Não sei o que me deu na cabeça quando começei a construir esse blog...não sei nem se esse pequeno projeto vai para frente. A verdade é que tenho uma necessidade enorme de compartilhar (nem que seja para o meu próprio computador numa espécie de "diário virtual") um pouco do turbilhão de sentimentos e acontecimentos da minha vida. Mas será que alguém um dia vai ter interesse de ler o que vou escrever aqui? Essa é uma resposta que só vou descobrir com o tempo, mesmo porque, nem eu sei o quais as frases tortas que serão escritas nessas linhas retas...

A grande verdade é que cheguei até aqui (um blog, quem diria!) por causa da filha de uma paciente que acompanhei nos seus momentos finais de vida. Hoje fazem 7 dias que minha paciente partiu e, pensando na sua filha - única, dedicada, amorosa - procurei um contato dela na internet e dei de cara com o seu blog, onde esta postado um texto que tocou meu coração. Ao ler aquele texto, senti que sou abençoada por poder ajudar pessoas especiais em um momento tão difícil de suas vidas. É realmente impressionante o quanto esses pacientes me ensinam com sua dor e história de vida. Pode parecer um "clichê", mas a verdade é que, a convivência diária com a nossa finitude nos faz ver a vida com outros olhos.

Acho que a cada dia, a cada partida que presencio, aprendo mais o quando é importante sabermos VIVER bem! Aprendo que, não dá para mudar o "início", mas se a gente quiser, vai dar para mudar o "final", e que para isso, saber VIVER o "meio" é fundamental.